Henrique Oliveira Lima
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O ENSINO DE BOTÂNICA COM AS PLANTAS MEDICINAIS
Antes da Caminhada
depois da Caminhada
A botânica tem perdido espaço nas salas de aula de todo o Brasil. Tal fato ocorre porque muitas vezes os docentes preferem focar em outras áreas como: zoologia, genética ou ecologia, e acabam deixando os vegetais de lado. Parece que estamos em um ciclo vicioso, em que professor não tem animo para ensinar essa ciência, e por isso faz uso de estratégias com base na memorização, objetivando apenas que os alunos consigam transcrever palavras para uma avaliação. Por outro lado, os alunos não se sentem motivados, e acham as aulas monótonas e sem sentido. Isso é um grande problema, principalmente quando citamos a esfera amazônica, visto que nesses ecossistemas existem diversas plantas que precisam ser estudadas, e para isso precisam ser conservadas. Além disso, as plantas oferecem diversos serviços ambientais para o planeta, no qual o ser humano está inserido. Dessa forma, é necessário que se siga as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais de ciências naturais, e da Base Nacional Curricular Comum, pois esses documentos citam os conteúdos que os alunos precisam conhecer e compreender, para que os recursos naturais sejam utilizados de forma sustentável. Como forma de contribuir para a mudança da realidade do ensino botânico nas escolas, a presente pesquisa trabalhou com 32 alunos do ensino fundamental da escola Rilton Leal Filho, localizada no Armando Mendes. A pesquisa foi de caráter qualitativo e com base na pesquisa-ação, que se resume em uma proposta metodológica em que tanto o pesquisador como os participantes da pesquisa trabalhem juntos para resolver um problema. Assim propusemos a construção de uma sequência didática com base em Zabala, (1998) e Miquelante et al (2017), contendo 8 etapas, todas utilizando estratégias diferentes (Baseadas em Krasilchik 2008), porém cada uma com um elemento em comum, as plantas medicinais. Essas, tem sido utilizada em trabalhos para a obtenção de ótimos resultados no ensino botânico, uma vez que essas plantas fazem parte do cotidiano das pessoas, assim, os alunos se sentem mais confortáveis e confiantes por estudar com um elemento familiar de sua realidade. Como forma de subsidiar a construção da sequência, engendramos um questionário contendo questões discursivas e questões para desenhar. Essa ferramenta foi baseada em Lakatos e Marconi (2010). Também tencionamos averiguar o histórico do ensino botânico em todo o ensino fundamental dessa escola, e também as orientações e conteúdos botânicos existentes nos Parâmetros Curriculares do ensino fundamental e na Base Nacional Curricular Comum, como forma de obter mais informações para a construção da sequência. Durante a sequência, abordamos diversos temas da botânica como: morfologia, anatomia, fisiologia e ecologia botânica., em todos esses, os alunos tiveram uma participação ativa, e o pesquisador apenas auxiliou quando necessário. Por fim, por meio da obtenção de todos os resultados, construímos um produto didático para que outros profissionais e admiradores da área possam utilizar para aplicar e transformar a sua realidade, e a de seus alunos, pois os recursos vegetais precisam ser compreendidos para que haja a construção de um pensamento sustentável, e uma mudança de atitude.
A SEQUÊNCIA DIDÁTICA
8 etapa: Diagnõstico final
7 etapa: aula prática e utilização de exemplar medicinal
1 Etapa: Diagnóstico
inicial e Aula expositiva dialogada; utilização de exemplar medicinal
6 etapa: Utilização de exemplares medicinais
4 etapa: Vídeos educativos, jogos de palavras cruzadas e utilização de exemplar medicinal
3 Etapa: Construção de modelo, seminário e utilização de exemplar medicinal
A sequência didática contou com oito etapas ao total, foi utilizada as estratégias aqui mencionadas. Para cada etapa teve o momento de ensino com a ferramenta educacional e posteriormente a sua avaliação. Vale ressaltar que os momentos da sequência tiveram as etapas:
Modalidade de avaliação Diagnóstica; Somativa e
formativa
(ZABALLA, 1998; MIQUELANTE et al,2017).